Projeto seleciona pacientes com Parkinson para tratamento fisioterapêutico associado à gameterapia
Aprimorar os diversos parâmetros do corpo humano comprometidos pela Doença de Parkinson. Esse é objetivo do projeto da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal do Pará (UFPA), que busca recrutar novos pacientes entre 50 e 80 anos de idade portadores da doença. Coordenado pela professora Mellina Jacob, o projeto consiste em estudar a influência da fisioterapia associada à gameterapia na manutenção a recuperação da capacidade funcional, e qualidade de vida das pessoas com Doença de Parkinson.
Desenvolvido por alunos de iniciação científica e discentes do curso de Fisioterapia do ICS/UFPA, o projeto de pesquisa para pacientes com doença de Parkinson utiliza a gameterapia como instrumento principal. A abordagem da fisioterapia na Doença de Parkinson é voltada principalmente para o tratamento de alterações motoras que comprometem a capacidade funcional dos pacientes. O projeto foi aprovado no edital PIBIC 2018 e possui duração inicial até julho de 2019.
Como funciona - Inicialmente os pacientes passam por uma triagem, para verificar se possuem os critérios de elegibilidade para participar do estudo. Após a triagem, são submetidos a uma avaliação detalhada, na qual são coletados dados referentes às suas manifestações clínicas, e são aplicadas escalas e testes específicos para avaliar parâmetros como o equilíbrio, mobilidade e qualidade de vida.
Segundo a professora Mellina Jacob, coordenadora do projeto, os comprometimentos apresentados pelos pacientes são tratados por meio de exercícios que trabalham a funcionalidade de cada indivíduo, associado à gameterapia, que utiliza como instrumento o videogame (Nintendo Wii®). “Os jogos utilizados nas sessões de gameterapia exigem movimentos que ativam grupos musculares diversos, desafiando o equilíbrio e a agilidade. Assim, além dos benefícios relacionados à motricidade, a gameterapia também favorece a adesão do paciente ao tratamento, por ser uma abordagem dinâmica e interativa”, explica.
Quem pode participar do projeto - Pacientes com diagnóstico clínico para a doença de Parkinson, com idade entre 50 e 80 anos, que não apresentem histórico de outras patologias neurológicas ou ortopédicas que comprometam a mobilidade e o equilíbrio estão elegíveis para participar do projeto.
Para participar, é necessário que os interessados entrem em contato com os acadêmicos responsáveis pela triagem dos pacientes, por meio dos números (91) 98300-6688 e (91) 98179-9870. As inscrições serão feitas em fluxo contínuo. Uma vez que as vagas estejam completas, os pacientes serão encaminhados para uma lista de espera.
A seleção dos pacientes é feita inicialmente por meio de uma triagem, em que são verificadas informações relacionadas com os critérios exigidos para inclusão no estudo, como o diagnóstico clínico emitido por neurologista, uso de medicamentos, idade e ausência de outras patologias associadas. Atualmente estão disponíveis seis vagas, que serão renovadas à medida que os pacientes forem completando o número de sessões pré-determinadas no projeto.
Outros tratamentos - Além do projeto de pesquisa que utiliza a gameterapia como instrumento principal, outros projetos são desenvolvidos no Laboratório de Estudos em Reabilitação Funcional (LAERF), como os projetos de extensão Movimentação, coordenado pela professora Denise Pinto, chefe do LAERF e docente da Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (FFTO) da UFPA, e o projeto Ocupa Parkinson, coordenado pelo professor Victor Cavaleiro, docente do curso de Terapia Ocupacional da FFTO. No projeto Movimentação são realizadas ações em reabilitação motora voltadas para a manutenção do movimento funcional dos pacientes, enquanto o projeto Ocupa Parkinson presta assistência terapêutica ocupacional às pessoas com diagnóstico da doença e aos cuidadores.
A Escola de Teatro e Dança (ETDUFPA), juntamente com o Instituto de Ciências da Saúde, (ICS) também mantém o projeto de extensão Grupo Parkinson. O Grupo Parkinson realiza pesquisas que desenvolvem metodologias específicas de trabalho terapêutico, incluindo a dança e outras modalidades voltadas para as necessidades do paciente com Parkinson.
Doença de Parkinson - É uma doença progressiva, crônica e degenerativa do sistema nervoso central, que afeta principalmente o cérebro. Este distúrbio afeta sobretudo indivíduos na terceira idade e é caracterizado, principalmente, por prejudicar a coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se movimentar. “Os sinais e sintomas mais frequentes são as alterações de equilíbrio, rigidez e lentidão dos movimentos (bradicinesia), com um maior risco de quedas e comprometimento da qualidade de vida”, afirma Mellina Jacob.
Serviços:
Projeto da UFPA oferta vagas para novos pacientes com doença de Parkinson
Data: Terças e quintas-feiras.
Local: Laerf/ICS da UFPA, localizado na Av. Generalíssimo Deodoro, 01.
Mais informações: (91 )98300-6688 e (91) 98179-9870
Texto: Neto Moura - Assessoria de Comunicação da UFPA
Foto: Reprodução/Google
Publicado no Portal da UFPA em 18.02.2019.
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